Paulo Portas visitou Portugal para participar no Congresso do CDS Madeira.
Na ilha do Alberto João Jardim o
líder do CDS que também é Ministro dos Negócios Estrangeiros e parceiro de
Passos Coelho atirou “ Temos de saber e entender que, se o problema de Portugal
é défice do Estado, não é justo pretender que o sector privado tenha a mesma
responsabilidade de ajudar”.
Quer dizer: para Paulo
Portas se a divida é do Estado, os funcionários públicos são os responsáveis e
por isso devem ser eles a pagá-la.
Percebemos. Naquela cabecinha viajante, o estado
português pertence aos funcionários públicos e foram eles os causadores do
défice português ….
Esta teoria de afundamento dos funcionários públicos, não consegue justificar porque é que públicos e privados têm sido esfolados
pela austeridade desumana do governo Passos Coelho/Paulo Portas. Tal como não explica, porque é que os
subsidios foram cortados aos reformados/pensionistas públicos e privados.
O médico, o professor, o
juiz, os funcionários das repartições de finanças, segurança social,
conservatórias de registo civil e predial, as polícias … recebem do
estado para prestarem serviços ao estado, mas essencialmente a todo o povo português. Todos, para todos. Não gerem
dinheiros do estado.
Quem recebe do estado,
trabalha só para o estado e gere dinheiros do estado são os governantes ….
Os privados e os públicos
trabalham para patrões …. Patrões privados ou estado.
Se Paulo Portas quer
responsabilizar alguém pelo défice ……… pode começar por ele próprio e tratar de tapar do seu bolso o buracão, que causou nas contas públicas com a compra
ruinosa de submarinos e carros blindados, quando era Ministro da Defesa no governo de coligação com Durão Barroso!
Os funcionários públicos não
foram tidos, nem achados!
Os submarinos de Paulo
Portas custaram 1.000.000.000,00€ (mil milhões de euros)
Paulo Portas aceitou pagar
mais 30 milhões de Euros do preço acertado pelos submarinos.
Aquando da compra dos submarinos a NATO alertou e considerou esta compra desnecessária.
O embaixador Americano em Lisboa, num dos telegramas, tornados públicos pela Wikileaks de Julien Assange, considerou na época que o governo português (Durão Barroso/Paulo Portas) “ apesar das dificuldades financeiras do Estado, gosta de gastar dinheiro com "brinquedos caros" e desnecessários"
Na Alemanha dois ex-quadros da
empresa Ferrosttal foram acusados de corrupção pelo pagamento de mais de 62 milhões de
euros “em luvas” para garantir a encomenda de submarinos por Portugal e Grécia.
Se o dinheiro saiu da
empresa alemã, teve de chegar e entrar na conta de alguém na Grécia .... e de outro
alguém em Portugal.
Na Grécia a conta recheada
levou à prisão de um governante.
Em Portugal apesar das buscas
feitas até hoje, em vários escritórios de advogados e de outras gentes que participaram nas negociações entre o Estado português e o consórcio alemão,
os investigadores não conseguiram encontrar o contrato de aquisição dos submarinos que, pura e simplesmente, se
“evaporou”.
As investigações ao negócio
dos submarinos que disparou o nosso defice, tiveram
início em Julho de 2006, através de uma certidão retirada do processo
“Portucale”, onde o Ministério Público identificou uma
conta bancária na Suiça, por onde terão passado quase 30 milhões de euros pagos pela
vencedora do concurso à Escom, uma empresa do Grupo Espírito Santo.
A lista de nomes dos
envolvidos neste nebuloso negócio é longa. De entre os figurões que influenciaram a compra estão: Paulo Portas, ministro
da Defesa aquando da sua negociação e assinatura, bem como os homens da sua confiança
que nomeou para integrarem o grupo de trabalho que o assessorou na compra dos
submarinos: coronel Fernando Serafino (diretor-geral do Armamento e
Equipamentos de Defesa, coordenador do grupo de trabalho), contra-almirante
Luís Caravana (da Direção de Navios da Marinha, responsável pela parte
operacional, técnica e logística); Pedro Brandão Rodrigues (presidente da
Comissão das Contrapartidas, hoje deputado do CDS), Bernardo Carnall
(secretário-geral do Ministério da Defesa, para a área financeira) e Bernardo
Ayala (advogado, na altura do gabinete de advogados Sérvulo Correia e
Associados, o escritório que apoiou juridicamente o ministério). Este é, até à
data, o único arguido no processo, cuja investigação se arrasta há anos ..... Gil Corrêa Figueira,
representante da Ferrostaal em Portugal e Jürgen Adolff, ex-cônsul honorário de
Portugal em Munique, cargo que acumulava com o de consultor do consórcio
alemão, fazem igualmente parte deste rol.
Os investigadores
conseguiram seguir o rasto desse dinheiro até offshores nas Bahamas e nas Ilhas
Cayman (Caraíbas), onde o perderam. A suspeita é a de que parte desse dinheiro
possa ter sido usado para influenciar a escolha do consórcio fornecedor dos
submarinos, apontando uma coincidência de datas (em
2004) entre os avultados pagamentos da Ferrostaal à ESCOM e depósitos em
numerário, num valor superior a 1 milhão de euros numa conta titulada pelo CDS,
partido liderado por Paulo Portas, na data Ministro da Defesa.
A
memória da maioria dos portugueses pode ser curta, mas não a de todos.
Não
nos esquecemos que não vamos recuperar os milhões que foram desnecessariamente
investidos em submarinos, só para que alguém ganhasse milhões com a sua compra.
Se
o país está como está, a culpa não é dos funcionários públicos.
Paulo
Portas é culpado! Outros como ele, também o são!
No minimo que se cale .... ou então, que haja alguém, que na sua próxima abertura de boca sobre a responsabilidade dos funcionários públicos no défice de Portugal ........ lhe enfie como supositórios .......... os submarinos Arpão e Tridente!
O CASPER recomenda
aos investigadores, que procurem o contrato dos submarinos de entre as 60.000
fotocópias de documentos do Ministério da Defesa que Paulo Portas tirou quando deixou
de ser Ministro …
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